sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Terra e os planetas telúricos

Manifestações geológicas dos planetas telúricos:
A atividade geológica mede-se através dos vulcões, sismos e movimentos tectónicos e está associada à energia emanada do interior e da energia vinda da parte externa dos planetas.

Processos de oigem interna:

Terra:
É o planeta com maior atividade geológica. A energia vinda do interior está associada à energia da sua formação (acreção, contração gravitacional e radioactividade) e quanto à energia externa o sol é o motor dos agentes erosivos que modelam a litosfera e a ação do impacto meteorítico, que no caso da Terra não tem grande expressão.A litosfera é reciclada através dos sismos, vulcões e tectónica de placas e é formada nos limites divergentes (rifte) e destruída nos convergentes (fossas oceânicas).
 
Mercúrio:
Por ser de pequena dimensão, na sua formação, arrefeceu rapidamente e por estar mais próximo do sol não tem atmosfera. A atividade vulcânica de Mercúrio deverá estar associada à fusão da crosta por impacto meteorítico, originando vulcões. É um planeta geologicamente inativo.
Vénus - É um planeta semelhante à Terra, com falhas e vulcanismo ativo. Superfície coberto por basalto e com vulcões.
 
Marte:
Embora tenha levado mais tempo a arrefecer que Mercúrio está também inativo. No passado foi um planeta com muita atividade, sendo o Monte Olimpo o maior vulcão, conhecido, no sistema solar. Tem numerosas falhas inativas. Apresenta estruturas geológicas que demonstram a existência de correntes líquidas no passado.
 
Processos de origem externa:
É essencialmente a presença de atmosfera e água no estado líquido os factores modeladores da superfície.
 
Mercúrio:
A presença da atmosfera está também relacionada com o tamanho do planeta (um planeta de pequenas dimensões tem menor gravidade e consequentemente menor capacidade de reter uma atmosfera), assim Mercúrio não apresenta atmosfera logo a sua superfície não se encontra modelada pela erosão.
 
Vénus:
Tem uma atmosfera densa que faz efeito de estufa, rica em CO2, absorve os raios solares e não os liberta, por este motivo tem temperaturas mais elevadas que Mercúrio embora se encontre mais afastado ao sol. A erosão é ineficaz devido à inexistência de água no estado líquido.
 
Marte:
A atmosfera é rica em CO2 mas muito ténue mas com ventos muito fortes. A inexistência de água no estado líquido, torna a erosão pouco eficaz apesar dos ventos.
 
Terra:
Pela sua distância ideal ao sol é o único planeta que reúne as condições para a existência de água no estado líquido, agente poderoso modelador da superfície.
Pelo facto de ter água no estado líquido e uma atmosfera a erosão é muito eficiente, esculpindo o relevo e preenchendo depressões com os sedimentos resultantes da erosão. Ao contrário dos outros planetas em que as crateras de impacto estão bem marcadas, as da Terra são imediatamente meteorizadas, erodidas e não têm expressão.
A teoria nebular ainda não explica todos os fenómenos que ocorrem nos planetas e por essa razão é um assunto que continua em investigação.
 
                                                                    Sistema Terra-Lua
Existem várias teorias para explicar o aparecimento da Lua.
 
Lua - irmã da Terra:
A lua ter-se-á formado aquando a Terra e por ser um corpo celeste pequeno na fase inicial do sistema solar foi atraída pela massa mais densa, ficando em órbitra à volta do nosso planeta.
 
Lua- filha da Terra (Big Splash):
Na Terra primitiva um corpo celeste do tamanho de Marte, terá embatido na Terra e os fragmentos do embate ter-se-ão aglomerado formando a Lua. É a teoria atualmente aceite.
 


Lua:
A Lua é um astro de pequena dimensão por essa razão tem fraca atração gravítica e os possíveis fluídos e gases escapam para o espaço, o que faz da Lua um satélite desprovido de atmosfera.



Por não ter atmosfera a superfície lunar não está protegida dos impactos meteoríticos e a sua superfície está revestida por inúmeras crateras.  
 
Constituíção da Superfície lunar:
Ao observarmos a superfície lunar podemos distinguir zonas escuras aplanadas designadas mares e zonas claras mais elevadas designadas por continentes.
 
Mares:
A composição dos mares é basáltica e correspondem a episódios magmáticos resultantes do impacto de meteoritos na Lua.
 
Continentes:
Os continentes são formados por uma rocha rica em feldspato, o anortosito e a sua superfície está repleta de crateras de impacto.
 
A que se deve as zonas aplanadas e zonas mais elevadas?
A Lua não tem nem atmosfera nem hidrosfera, a erosão é muito ténue e deve-se à amplitude térmica (120ºC a -150ºC) que desagrega as rochas em porções mais pequenas e que se deslocarão para locais mais baixos, pela ação da gravidade. Devido à fraca eficácia da erosão da superfície lunar as rochas da Lua são mais antigas que as que se tem registo na Terra, dado que a erosão eficaz na Terra destruiu as rochas mais antigas.
 
Interação entre lua e terra:
Esta ligação entre planeta e satélite é única no sistema solar, pois a Lua é um astro de grande dimensão relativamente ao tamanho da Terra o que faz com que a interação entre estes dois astros seja bastante acentuada. A duração do dia da Terra é influenciada pela presença da Lua e a sua posição em relação à Terra influencia os dias e os meses lunares. A existência de marés está relacionada com a Lua.
 
Condições que tornam a Terra um planeta com existência de Vida:
A Terra devido à sua posição em relação ao Sol faz da Terra um planeta especial, permite a vida, tal como a concebemos. Um planeta com água no estado líquido, uma atmosfera rica em oxigénio com uma camada de ozono, protetora dos raios solares e a inter-relação entre os subsistemas que torna a Terra um planeta dinâmico, um planeta vivo. A sobrepopulação, a sobreexploração e a procura de melhores condições para a humanidade, provoca desequilíbrios graves que irá a curto prazo influenciar a qualidade de vida na Terra.
 
Morfologia dos continentes e fundos oceânicos
 
Crosta Continental:
- A Crosta continental constitui cerca de 36% da crosta, das quais 29% se encontra emerso, fazendo parte das margens continentais (Plataforma continental e talude continental). Tem uma espessura que varia entre os 20 e os 70 km.
 
- Nas zonas interiores da crosta encontram-se os cratões, zonas tectonicamente estáveis formadas por rochas antigas.
 
- No núcleo desses cratões encontram-se rochas magmáticas e metamórficas muito antigas, os Escudos que correspondem a sua maioria a raízes de montanhas erodidas, envolvidos ou cobertos por depósitos de sedimentos depositados nas fases de subida do nível da água do mar (rochas mais recentes), são as plataformas interiores ou esáveis.
 
- A crosta continental tem também grandes cadeias de montanha (cinturas orogénicas), resultantes do choque de placas litosféricas. São zonas instáveis pois o choque de placas continua. Exemplo os Andes e Himalaias.
 
- Nas margens continentais emersas fazem parte a plataforma continental, zona de grande extensão com pequena inclinação (varia entre os 150 e os 200 m), onde vivem a grande maioria dos seres marinhos e o Talude continental que faz a ligação à crosta oceânica, zona muito inclinada (entre os 150-200 e os 2500-6000 m).

 
 Crosta Oceânica:
- Da morfologia dos fundos oceânicos fazem parte: fossas oceânicas, planície abissal e dorsais médio-oceânicas (na qual se inclui o  rifte)
 
- As fossas oceânicas são os locais onde há destruição da crosta, limites convergentes que se localizam em contacto com alguns taludes continentais e que podem atingir quase os 12km de profundidade (fossa das Marianas)
 
- As planícies abissais  correspondem a cerca de 50% da superfície da Terra. São zonas aplanadas com profundidades entre os 2500 e os 6000km.
 
- As dorsais médio-oceânicas, como o nome indica, correspondem a grandes cadeias de montanhas de lavas basálticas consolidadas que dividem aproximadamente a meio as planícies abissais e que em alguns lugares, nos bordos dos oceanos. São montanhas que podem atingir os 3000m de altura e uma largura de 1000km.
 
- O rifte, localiza-se a meio de algumas dorsais, é um limite divergente, responsável pela formação da crosta, com vulcanismo ativo. É um vale que pode ter de profundidade os 2000m e com uma largura de 40km. A cortar as dorsais encontram-se as falhas transversais.



Um comentário:

  1. aprendi imenso, com todos esses temas, sobre o rifte, e sobre todos os outros, muito obrigado pela ,sua ajuda .adeus

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