terça-feira, 17 de março de 2015

Leis de Morgan - hereditariedade ligada ao sexo




Thomas H. Morgan, foi um embriologista da Universidade de Colúmbia, desenvolveu em 1910 estudos genéticos com a mosca da fruta Drosophila melagaster. Foi prémio Nobel em 1933, pelo seu contributo para o avanço da genética, provando que os cromossomas são portadores de genes.



Vantagens da escolha da Drosophila:
- reduzidas dimensões;
- Ciclo de vida muito curto;
- número elevado de descendentes;
- dimorfismo sexual (boa distinção entre macho e fêmea);
- número reduzido de cromossomas;
- diversidade de características;
- possibilidade em realizar experiências em laboratório. 





Experiência (cruzamento normal:
- primeiro Morgan cruzou fêmeas de olhos selvagens com machos de olhos brancos;

- Obteve-se uma geração F1 em que todos os descendentes tinham olhos selvagens;

- Através disto prova-se que os olhos selvagens são dominantes e os olhos brancos são recessivos;

- Também se verificou que os olhos brancos apenas se manifestavam nos machos e os olhos selvagens manifestavam-se nos machos e nas fêmeas;

- Da geração F1 foram cruzados um macho de olhos selvagens e uma fêmea de olhos selvagens e obteve-se uma geração F2 com as seguintes características:
                 * proporção de 3 com olhos selvagens para 1 com olhos brancos;
                 * número de fêmeas com olhos selvagens superior ao número de machos com olhos selvagens










quarta-feira, 4 de março de 2015

Leis de mendel

- Mendel nasceu na cidade de Heizandorf, na Aústria e estudou matemática e ciências na Universidade de Viena. O seu principal objectivo era ser professor mas foi mal sucedido nos exames. Depois disto voltou ao mosteiro, onde passou,novamente, a ser um monge . Ele estudou abelhas e cultivou plantas, e inclusivo chegou a criar novos frutos (maçãs e pêras).

http://www.brasilescola.com/biologia/lei-mendel.htm







Mendel escolheu as ervilheiras porque:
- Têm um ciclo reprodutivo curto;
- Produz muitas sementes;
- Componentes envolvidos na reprodução sexuada ficam encerrados no interior da flôr;
- A auto polinização e a autofecundação são favorecidos;
- Grande variedade de características.


Existem várias características das ervilhas:
- Forma da semente;
- Cor da semente;
- Cor da corola das flores;
- Posição das flores;
- Cor da vagem;
- Forma da vagem;
- Tamanho do caule.


Nota:
- Androceu = Estames (parte masculina);
- Gineceu = Estigma (parte feminina).


Nomenclatura:

Linhagem dominante:(semente amarela pura - homozigótica dominante);


Linhagem recessiva:(semente verde pura - homozigótica recessiva);


Linhagem híbrida:(semente amarela híbrida - heterozigótica).



1ª Lei de Mendel: *Lei da segregação dos fatores* - "Cada característica é determinada por dois fatores que se separam na formação dos gâmetas, onde ocorrem em dose simples", isto é, para cada gâmeta masculino ou feminino encaminha-se apenas um fator.




1. Mendel analisou a transmissão hereditária de dois pares de genes, o bi-hibrismo. Ele cruzou ervilheiras produtoras de sementes amarelas e lisas (ambas com características dominantes- VV) com sementes verdes e rugosas (ambas com características recessivas- vv).

2. Os híbridos resultantes (F1) são obrigatoriamente heterozigóticos (Vv), e fenotipicamente apresentam-se amarelas e lisas, pois contém os dois alelos dominantes.

3. No cruzamento seguinte (F2) através da autopolinização a geração que surge, de 16 índivíduos, é constituída por 4 fenótipos. Posto isto, verifica-se que cada par de alelos funciona da mesma forma de monoibrismo.



Proporção 3 para 1:
- 9 indivíduos com semente amarela e lisa em 16;
- 3 indivíduos com semente amarela e rugosa em 16;
- 3 indivíduos com semente verde e lisa em 16;
- 1 indivíduo com semente verde e rugosa em 16.


Nota Importante:
Depois da autopolinização podemos verificar a proporção que existe entre as sementes amarelas e verdes. Depois de analisar a proporção dos indivíduos realizada anteriormente, verifica-se que existe 12 indivíduos com semente amarela e 4 com semente verde o que nos leva à tal proporção de 3 para 1. (12 está para 4 = 3 está para 1).





2ª Lei de Mendel: *Lei da segregação independente* - "Os genes que determinam caracteres diferentes distribuem-se independentemente nos gâmetas, onde se combinam ao acaso". Esta lei está aplicada à transmissão de características.



Cruzamento-teste em di-hibrismo

Existem algumas semelhanças entre o di-hibrismo e o monoibrismo, ou seja, o procedimento é igual, no entanto neste caso tem de se utilizar um ser duplamente recessivo para os alelos dominantes expressos no fenótipo do individuo que se pretende testar.

Exemplo:
Link Imagem:Da Silva, A. D., Santos, M. E., Mesquita, A. F., Baldaia, L., Félix, J. M. Terra, Universo da Vida - Biologia. 12º ano, Porto Editora, Porto, Portugal, 2012 - páginas 72 a 76




Exceções às leis de Mendel:

  • Condominância - Nenhum alelo exerce dominância sobre o outro e ambos se expressam fenótipicamente;
  • Alelos letais - Causam a morte pré ou pós-natal, ou então produzem uma deformidade significante;
  • Dominância Incompleta- São situações nas quais o fenótipo dos heterozigóticos é intermédio entre os dois homozigóticos, sem ocorrer misturas de alelos, pois aparecem homozigóticos em F2.
  • Alelos múltiplos (polialelia) - Existência de dois ou mais alelos num dado gene. Podem surgir alterações num alelo de um indivíduo que posteriormente o pode transmitir à sua descendência, provocando o aparecimento de mais de dois alelos para um dado gene numa população. Todavia, cada indivíduo apenas possui dois alelos, herdados dos seus progenitores.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Meiose I e II


Meiose I - divisão reducional;
Meiose II- divisão equacional.
Mecanismos de evolução
Teorias evolucionistas - Darwinismo (selecção natural), lamarkismo (caracteres adquiridos e lei do uso e desuso) e neo-darwinismo (selecção natural onde se incluem mutações e recombinação genética);

Teorias Fixistas - Geração espontânea ( os seres eram criados apartir de matéria inanimada e que através de um princípio ativo, ela se transformaria em vida), criacionismo (os seres vivos foram criados por uma entidade divina, numa só vez) e catatrofismo (Os seres vivos eram destruídos por catástrofes naturais, havendo de seguida um novo povoamento). 

Quais foram os argumentos que tiveram na base das teorias evolucionistas?


Argumentos paleontológicos:
Na paleontologia constata-se que existem fósseis que correspondem a seres já extintos o que contraria a imutabilidade dos seres vivos.
Na observação de sequências de fósseis que ainda hoje têm o seu representante na biodiversidade atual, verificam-se modificações sofridas ao longo do tempo, evidenciando um processo evolutivo em determinados grupos, conseguindo-se, desta forma, construir árvores filogenéticas.


Argumentos anatómicos:
A Anatomia Comparada estuda as semelhanças e diferenças morfológicas dos seres vivos. Tem fornecido dados que poiam o evolucionismo através do conhecimento de órgãos análogos, homólogos e vestigiais dos seres vivos.
Órgãos análogos - órgãos que têm a sua origem, a estrutura, e posição relativa diferente mas que desempenham a mesma função - sofreram evolução convergente.
exemplos: barbatanas da baleia e do tubarão. O facto de terem a mesma função não significa que tenham parentesco evolutivo.

Órgãos homólogos- órgãos que têm a mesma origem, a estrutura e posição idêntica no ser vivo mas que podem desempenhar funções diferentes - sofreram evolução divergente. Um órgão ancestral comum divergiu devido a pressões ambientais, ou seja, o órgão ancestral sofreu uma adaptação ou evolução adaptativa.

 Órgãos vestigiais - órgãos que resultam do atrofiamento de um órgão primitivamente desenvolvido. A teoria evolucionista diz que estes órgãos em ancestrais comuns já foram úteis
Exemplos: são as asas vestigiais de aves que não voam como avestruzes, o apêndice vermiforme humano, o dente do siso humano, o fémur e a cintura pélvica das baleias, as asas traseiras das moscas...

Argumentos bioquímicos:
O avanço da bioquímica veio a dar um grane impulso à argumentação evolucionista. Estes argumentos reforçam a ideia da origem comum dos seres vivos dos diferentes reinos e baseiam-se em: Todos os organismos são constituídos, basicamente, pelo mesmo tipo de biomoléculas (ácidos nucleicos, proteínas, glúcidos e lípidos); O facto do DNA e RNA serem a base da síntese proteica, a universalidade do ATP como molécula de energia e a existência de vias metabólicas, para além da síntese proteica, comuns aos seres vivos, como o funcionamento das enzimas e processos respiratórios.

Argumentos biogeográficos:
Defendem que as espécies tendem a ser mais semelhantes quanto maior é a sua proximidade geográfica. Quanto mais isoladas, maiores as diferenças entre si.

Argumentos citológicos:

A célula é a unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos e com processos metabólicos semelhantes entre si, o que indica uma origem comum. Parte-se da teoria celular que diz que todos os seres vivos são formados por células.

Argumentos embriológicos:O estudo comparado de embriões releva semelhanças nas primeiras etapas do seu desenvolvimento e estruturas comuns em embriões de diferentes grupos.






quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Unidade 5 biologia

Um pouco de história sobre o DNA:



Localização do DNA:
A maior parte do DNA encontra-se no núcleo das células que é constituído por:
- duas membranas externa e interna;
- invólucro nuclear;
- Poros nucleares;
- Nucleoplasma;
- Cromatina (DNA associado às histonas);
- Nucléolo.

Histonas:
As histonas são proteínas específicas muito importantes pois desempenham o papel de neutralizar as cargas elétricas e dar estrutura que assegure o compactamento do DNA.



CONSTITUIÇÃO DO DNA

O DNA é constituído por vários nucleótidos e cada um destes é constituído por:
- um fosfato;
- uma pentose (desoxirribose);
- uma base azotada.

Bases Azotadas:
- Timina e citosina (ambas em anel simples);
- Adenina e guanina (ambas em anel duplo).

Ligações fosfodiéster:
Ocorrem quando os nucleótidos ligam-se por reações de condensação.

 


COMO SE LIGAM OS NUCLEÓTIDOS?

- A pentose tem cinco carbonos. O carbono 5 liga-se ao grupo fosfato anterior e o carbono 3 ao grupo fosfato seguinte. Ligam-se sempre na direção 5'-3'.

- A quantidade de adenina + guanina (bases em anel duplo) é sempre igual à quantidade de Timina + citosina (bases em anel simples).

- A adenina (A) liga-se à timina (T) por duas ligações de hidrogénio enquanto que a guanina (G) liga-se à citosina por três ligações de hidrogénio. 

 

 REPLICAÇÃO DO DNA (Resumindo)

A replicação é o processo de duplicação de uma molécula de DNA de dupla cadeia (dupla hélice). Os mecanismos de replicação dos procariontes e eucariontes não são idênticos. Como cada cadeia de DNA contém a mesma informação genética, qualquer uma delas podem servir como molde. Por isso a replicação do DNA é chamada de semi-conservativa.
A replicação deve acontecer antes da divisão celular. Nos seres procariontes a replicação ocorre entre as divisões celulares, enquanto que nos eucariontes ocorre na fase S da interfase.

Existem três tipos de RNA:
- Mensageiro (mRNA): informação genética é transferida do DNA aos ribossomas para a síntese de cadeias polipeptídicas.
- Transportador (tRNA): moléculas adaptadoras que traduzem a informação presente no mRNA numa sequência específica de aminoácidos.
- Ribossómico (rRNA): componentes estruturais dos ribossomas catalisam a tradução de um mRNA numa cadeia polipeptídica.













 





 
TRANSCRIÇÃO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA
A síntese de RNA (mensageiro, por exemplo) se inicia com a separação das duas fitas de DNA. Apenas uma das fitas do DNA serve de molde para a produção da molécula de RNAm. A outra fita não é transcrita. Essa é uma das diferenças entre a duplicação do DNA e a produção do RNA.
As outras diferenças são:
  • os nucleotídeos utilizados possuem o açúcar ribose no lugar da desoxirribose;
  • há a participação de nucleotídeos de uracila no lugar de nucleotídeos de timina. Assim, se na fita de DNA que está sendo transcrita aparecer adenina, encaminha-se para ela um nucleotídeo complementar contendo uracila;
Imaginando um segmento hipotético de um filamento de DNA com a sequencia de bases:
DNA- ATGCCGAAATTTGCG
 
O segmento de mRNA formado na transcrição terá a seguinte sequência de bases:mRNA
RNA- UACGGCUUUAAACGC
 
Em uma célula eucariótica, o mRNA produzido destaca-se de seu molde e, após passar por um processamento, atravessa a carioteca e se dirige para o citoplasma, onde se dará a síntese proteica. Com o fim da transcrição, as duas fitas de DNA seu unem novamente, refazendo-se a dupla hélice.
 


 
TRADUÇÃO DO mRNA

 
INICIAÇÃO:
O mRNA liga-se à subunidade menor do ribossoma no codão iniciador (AUG) com o anticodão do tRNA (UAC- metionina - quase todos os peptídeos começam pela metionina). A subunidade maior (ou grande), liga-se com a subunidade menor (ou pequena)- o ribossoma está funcional.

ALONGAMENTO:
Na subunidade maior existem dois locais importantes na síntese de proteínas; o local P onde o tRNA se encontra ligado à metionina; o local A, onde o tRNA seguinte se liga ao codão complementar seguinte e o local E que corresponde ao local da saída do tRNA.
O anticodão seguinte, que transporta o segundo a.a. liga-se por complementaridade ao segundo codão e a metionina estabelece-se a primeira ligação peptídica com este. O ribossoma avança 3 bases e repete-se todo o processo ao longo do mRNA até se sintetizar a proteína.

FINALIZAÇÃO:
Quando o ribossoma chega ao codão de finalização (de terminação, ou stop) e por complementaridade o reconhece, termina a síntese proteica. Os codões de terminação (UGA, UAG ou UAA), não têm no tRNA correspondentes e por isso a síntese termina. A cadeia polipeptídica (proteína) desprende-se e as subunidades ribossómicas podem ser utilizadas de novo.
A mesma molécula de mRNA pode ser traduzida por mais que um ribossoma levando à formação de mais que uma proteína igual.

 
CICLO CELULAR

O ciclo celular é constituído pela interfase e pela mitose.


 
Interfase:
Fase G1- Corresponde ao intervalo entre a Mitose e a duplicação do DNA. É onde ocorre o crescimento da célula- síntese de proteínas, enzimas, RNA, e formação de organelos celulares.

Fase S- Cada cromossoma passa a ter dois cromatídeos- replicação do DNA e nas células animais- duplicação do centríolo.

Fase G2- Decorre entre o período de duplicação do DNA e início da mitose. Ocorre também a síntse de biomoléculas importantes para as fases seguintes.





















Mitose:
Prófase- Desorganização do núcleo interfásico. Início da espiralização (condensação) dos cromossomas. Os centríolos vão migrar para os polos da célula.

Metáfase- Cromossomas no máximo grau de condensação. Cromossomas presos às fibras do fuso acromático foram puxadas para o equador da célula formando a placa cromossómica equatorial. A metáfase é a melhor fase da mitose para observar os cromossomas.

Anáfase- Separação das cromatídeas irmãs que  formam cada cromossoma. Também ocorre o encurtamento das fibras do fuso para os polos da célula.

Telófase- As cromatídeas localizadas nos polos da célula se despiralizam e ao seu redor se organiza a carioteca formando dois núcleos(cariocinese). Dentro desta fase também se pode considerar a citocinese que é quando ocorre a divisão do citoplasma formando duas novas células.


Unidade 6
Reprodução Assexuada
Bipartição
Divisão múltipla
Fragmentação
Gemulação
Partenogénese
Esporulação
Multiplicação Vegetativa
O indivíduo unicelular divide-se em 2 partes exatamente iguais.
Existe um nucléolo que aumenta de tamanho, que depois se vai dividir em vários núcleos mais pequenos (isto tudo ocorre numa única célula).
O ser divide-se em várias partes diferentes e essas partes formam novos seres.
Forma-se uma gémula (espécie de gema de um ovo) num dado ser (leveduras ou cnidários). Depois disso essa gémula separa-se do ser de onde foi formada e cria outro ser.
É o processo de crescimento e desenvolvimento de um individuo a partir de um óvulo não fertilizado. Só há intervenção do gameta feminino.
É um processo de formação de um esporo através da mitose.
Natural
Artificial
A planta divide-se naturalmente em várias partes, e essas partes formam novas plantas.
- Rizomas (caules subterrâneos horizontais);
- Tubérculos (Caules subterrâneos estumecidos);
- Bolbos (Caules subterrâneos na horizontal);
- Estolhos (caules aéreos, finos, que possuem crescimento horizontal);
- Réplicas (ou por folha) (Plântulas criadas nas extremidades da folha por mitose que ao cair forma novas plantas).
A planta divide-se em várias partes através do homem.
- Estacaria (consiste em enterrar o ramo de uma planta sem quase folhas nenhumas);
- Mergulhia (enterramos uma parte da planta geralmente um ramo debaixo da terra, de modo que a partir desse ramo cresça uma nova planta. Nasce apoiado num pau);
- Alporquia (É um tipo de mergulhia, mas em que não existem ramos flexíveis)
- Enxertia(pode ser por garfo, por borbulha ou por encosto)



À cerca da clonagem da ovelha Dolley:



Ian Wilmut e Keith Campbell, dois pesquisadores do Instituto Roslin e da Empresa de Biotecnologia PPL Therapeutics, em Edimburgo, Escócia, anunciaram em 1996 o que até então era considerado ficção científica: a clonagem de um mamífero a partir das células de um indivíduo adulto. Nascida em 5 de julho daquele mesmo ano, o mamífero em questão era uma ovelha da raça Finn-Dorset batizada com o simpático nome Dolly. Sua concepção havia sido feita em laboratório, através de uma técnica chamada de transferência nuclear de células somáticas, um procedimento onde o núcleo de uma célula somática (aquela que faz parte de algum tecido adulto) é introduzido em um óvulo anucleado (sem núcleo).
Os pesquisadores escoceses usaram o material genético contido em uma célula da glândula mamária de uma ovelha de seis anos. Cuidadosamente, fundiram esse DNA com um óvulo que previamente teve seu material genético extraído. Dessa fusão, formou-se uma célula híbrida que foi estimulada a iniciar o processo de divisão mitótica através de pequenas descargas elétricas. Finalmente, o embrião que se desenvolveu foi implantado no útero de uma ovelha “barriga de aluguel”, onde pode terminar sua gestação.
Dolly nasceu, portanto, expressando as mesmas características genéticas da ovelha doadora do núcleo somático. Mesma cor, tamanho, forma, balido etc. Era uma cópia exata, um gêmeo idêntico da original. No entanto, podemos dizer que ela teve três mães, pois além da doadora do núcleo, houve outra ovelha que doou o óvulo e uma terceira que atuou como “barriga de aluguel”. Da doadora do óvulo, Dolly herdou as informações contidas no DNA mitocondrial enquanto da mãe de aluguel nada além de carinho e amor. O sucesso da técnica foi um divisor de águas na história da ciência, pois mostrou que, além de ser possível clonar um mamífero, também é possível reverter uma célula somática adulta a um estágio inicial indiferenciado ou totipotente.

Corpo empalhado de Dolly no Royal Museum de Edimburgo, Escócia.
As células das glândulas mamárias, assim como todas as que formam um organismo, apresentam as informações genéticas completas de um indivíduo em seus genes. Como elas se diferenciaram para formar o tecido mamário, os genes referentes a outros tecidos foram “arquivados” em seu núcleo celular. Portanto, ainda existia no núcleo doador o código genético referente à produção de uma ovelha inteira. Bastava apenas que os cientistas preparassem esse núcleo para tornar-se um novo indivíduo.
"Dolly é derivada de uma célula da glândula mamária e não poderíamos pensar em glândulas mamárias mais impressionantes do que as de Dolly Parton”, afirmou Ian Wilmut, explicando a razão do nome do clone, uma referência à atriz e cantora country americana Dolly Parton.
Pela primeira vez na história, um organismo complexo havia sido gerado a partir dessa técnica de clonagem, o que representou um novo domínio sobre a ciência reprodutiva. Um passo em direção a possibilidades mais perturbadoras como a clonagem humana. Muitos questionamentos éticos, filosóficos e religiosos começaram a ser levantados, o que é de praxe sempre que um novo avanço científico nos pega de surpresa. Famosa de uma hora para outra, a ovelha apareceu em manchetes de jornais e periódicos do mundo inteiro, passando a figurar na lista dos maiores feitos científicos de todos os tempos.
Dolly passou a vida no Instituto Roslin com outros ovinos onde, inclusive, teve filhotes. No entanto, aos quatro anos ela desenvolveu uma artrite degenerativa, passando a caminhar com dificuldade. Um tratamento veterinário conseguiu ajudá-la a controlar as dores, mas logo descobriram que a causa do problema poderia ser um envelhecimento precoce. O fato de ela ter sido clonada a partir de um animal adulto fez com que ela já nascesse com a idade genética de seis anos. As extremidades dos cromossomos, os telômeros, já estavam encurtados em suas células, indicando um processo gradativo de envelhecimento.
Para complicar ainda mais as coisas. uma doença viral que normalmente acomete carneiros da raça Finn-Dorset atacou Dolly. Causada por um retrovírus que provoca uma infecção pulmonar incurável, a doença selou seu destino. Em 14 de fevereiro de 2003, Dolly faleceu. Tinha seis anos de idade e deixou um poderoso legado para a ciência.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Transporte nas plantas

Plantas avasculares:São plantas que não necessitam de estruturas especializadas para transportar substâncias e são plantas simples.
Plantas vasculares: São plantas de espécies mais evoluídas, mais complexas e existe um sistema de transporte.
Translocação: É o movimento de água e de substâncias inorgânicas e orgânicas nas plantas.  
AvascularesVasculares
sem sementesem sementecom semente
BriófitasPteridófitas Angiospérmicas (sem flor)Gimnospérmicas (com flor)
ex: musgo, algas verdesex: fetospinheiroex: magnólia, roseira...
 
Plantas avasculares (não vasculares):
Não possuem sistema de transporte, as substâncias deslocam-se por processos de osmose, entrada da água na célula, e os nutrientes por difusão simples. A sua simplicidade permite que todas as células estejam em contato com a luz e a proximidade das células de toda a planta permite a passagem dos nutrientes.
 
Plantas  vasculares:
Possui um sistema de transporte, ou seja, dois tecidos especializados, organizados em feixes em todos os órgãos da planta (raiz, caule e folhas) e que lhes permite a troca de substâncias entre o meio e a planta, e dentro desta, a comunicação entre células. Estes dois tecidos são o xilema (transporta água e sais minerais de baixo para cima- sentido ascendente) e o floema (transporta os produtos da fotossíntese desde as folhas, onde tiveram origem a todos os restantes órgãos da planta).
 
Os órgãos da planta folha, caule  e raiz têm papéis diferentes que em conjunto asseguram o desenvolvimento e sobrevivência da planta:
raiz caule folha
Assegura a fixação ao solo e capta a matéria-prima (água e sais minerais).A eficiência da captação de água e sais minerais deve-se à existência dos pêlos radiculares que aumentam a área da raiz em contato com o solo.Faz a comunicação entre a captação da matéria-prima e os órgãos de produção de matéria orgânica, as folhas. Assegura o correto transporte.estrutura fotossintética, local onde há produção de matéria orgânica e onde se dá a troca gasosa. Na superfície externa está a epiderme onde se localizam os estomas que assegura as trocas.Na estrutura interna, para além dos tecidos condutores (xilema e floema), têm um tecido clorofilino constituído por células fotossintéticas, o mesófilo.
 
Nota: A água e os sais minerais entram na planta através da absorção nas raízes. O dióxido de carbono entra nos estomas que se localizam na folha.
 
Estomas- São estruturas por onde o dióxido e carbono entra na célula e que controlam a quantidade de água que sai na transpiração. São formadas por duas células guarda (têm cloroplastos) que revestem um orifício o ostíolo.
 
Os estomas controlam a quantidade de água que é perdida pela transpiração da planta. Os estomas estão sempre "revestidos" por água que vem das raízes. As células guarda são constituídas por uma parede que é mais espessa no local que revestem o ostíolo. Quando as células estão turgidas (cheias de água nos seus vacúolos), as células deformam-se, expandem-se no sentido das paredes mais finas das células guarda, pressão de turgência, fazendo que o ostíolo abra. Quando a pressão de turgência diminui (os vacúolos diminuem o seu volume) e fecha-se o ostíolo. A pressão de turgência das células guarda  depende de vários factores como por exemplo, o Ph do meio, a concentrações de iões, intensidade luminosa etc.


XILEMA:
O xilema, ou lenho, é responsável pela condução de água e sais minerais - seiva bruta - das raízes até o topo da planta.
 
Existem 4 tipos de células xilémicas:
- traqueídos (células mortas);  
- elementos de vaso (células mortas);
- fibras lenhosas (células mortas);
- Parênquima lenhosa (células vivas). 
 
Descrição:
Os vasos xilémicos são formados por células mortas colocadas topo a topo e em que nos traqueídos as paredes transversais estão presentes e as células contatam entre si através de poros e nos elementos de vaso, as paredes transversais desaparecem e forma cordões celulares da raiz até à folha.
 
 
 
FLOEMA:
Floema ou Líber, conduz a seiva elaborada nas folhas até às outras regiões da planta.
 
Existem 4 tipos de células floémicas:
- Elementos dos tubos crivosos (células vivas);
- células companhia (células vivas); 
- fibras (células mortas);
- células parênquimosas (células vivas).
 
Descrição:
Elementos de tubos crivados -    As células são anucleadas e alongadas , as  paredes transversais possuem vários poros (crivos), formando a placa crivosa, por onde passa a seiva elaborada de uma célula para outra.
Células companhia - Estão ligadas às células dos tubos crivosos e fornecem energia a estas células.
Fibras - São células mortas alongadas que conferem resistência e suporte à planta.
Células parênquimosas - Têm função de reserva.
 
 
 
 
 
 
Transporte nos animais
 
O sistema circulatório dos vertebrados, ou sistema cardio-respiratório, é um sistema fechado.
 
 
Tipo de Circulação: simples2 Cavidades: -  1 aurícula e 1 ventrículo
O sangue venoso entra na aurícula, por uma estrutura, o seio venoso e o sangue passa pela sístole auricular para o ventrículo. Dá-se a sístole ventricular e o sangue sai do coração por outra estrutura, o cone arterial, até atingir as brânquias. Nas brânquias dá-se a hematose pulmonar e o sangue passa para artéria aorta  que se ramifica em arteríolas e depois capilares. Dá-se a troca gasosa ao nível celular e o sangue carregado de dióxido de carbono, regressa ao coração pelas vénulas e destas para as veias, regressando ao coração.
 Tipo de Circulação: dupla e incompleta3 Cavidades:-  2 aurículas e  1 ventrículo
O sangue vindo de todas as partes do corpo entra na aurícula direita e na esquerda entra o sangue vindo dos pulmões. Dá-se a sístole auricular e o sangue passa para o ventrículo (único). Ocorre a sístole ventricular e parte do sangue dirige-se aos pulmões (circulação pulmonar) e outra parte à restantes parte do corpo (circulação sistémica).
Embora possa haver mistura dos dois tipos de sangue, a morfologia do ventrículo dos anfíbios, esta mistura é apenas parcial.
 Tipo de Circulação: dupla e incompleta2 Cavidades:-  2 aurículas e 2 ventrículos
A circulação nos répteis é semelhante à dos anfíbios com exceção do crocodilo que tem um coração com 4 cavidades.
As aurículas contraem em tempos diferentes o que faz com que não haja mistura total dos 2 tipos de sangue. Nos répteis existe um septo que divide parcialmente o ventrículo.
 Tipo de Circulação: dupla e completa4 Cavidades: 2 aurículas e 2 ventrículos
O sangue venoso entra na aurícula direita pelas veias cavas, e o sangue arterial na aurícula esquerda pelas veias pulmonares. Dá-se a sístole auricular e o sangue sai pelas artérias (pulmonar - direita, e aorta - esquerda).
A artéria pulmonar leva ao sangue às arteríolas, estas aos capilares e dá-se a hematose pulmonar, o sangue rico em oxigénio é conduzido dos capilares para as vénulas e destas para as veias pulmonares, regressando ao coração, para a aurícula esquerda.
A artéria aorta leva o sangue arterial para as arteríolas e destas para os capilares. Dá-se a troca de oxigénio pelo dióxido de carbono (hematose celular) e o sangue regressa ao coração pelos capilares, vénulas que se reúnem na veia cava superior e inferior.
 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Fotossíntese e Quimiossíntese

Fotossistemas:
Fotossistema I - comprimento de onda com 700 nm;
Fotossistema II - comprimento de onda com 680 nm.

Equação da Fotossíntese:
6 CO2 + 6 H2O --------> C6H12O6 + 6 O2

Existem 2 Processos Complementares da Fotossíntese:
- Fase Fotoquímica (reações que dependem da luz);
- Fase Química (não dependem diretamente da luz).

 

Fase Fotoquímica

1ªParte - A luz solar incide nas folhas e é absorvida pela clorofila, presente no cloroplasto na membrana interna, no tilacoide, constituindo a fonte energética inicial.  A clorofila do fotossistema II fica excitada e perde eletrões que vão reagir com a molécula de água, oxidando-a e originando a libertação do oxigénio, protões e  eletrões.
Os eletrões vão fluir para uma cadeia de acetores que existem na membrana do tilacoide e que serão transportados até ao fotossistema I. Os protões de hidrogénio deslocam-se para o interior do tilacóide.
Os eletrões que a clorofila perdeu acabam por ser repostos pela fotólise da água.
oxidação da água- fotólise da água (ocorre no interior do tilacoide) 

2ªParte - O  fluxo de eletrões liberta energia para transformar várias moléculas ADP em ATP.  Os protões que foram encaminhados para o interior do tilacóide vão ser utilizados para a fosforilação do ADP que irá ocorrer no estroma (exterior do tilacóide).
fosforilação do ADP (ocorre no estroma)
3ªParte - O Fotossistema I após captar a energia luminosa, reencaminha os eletrões para o estroma e em conjunto com os protões,  vão ser cedidos a uma molécula chamada de NADP(+) (Nicotinamina adenina dinocleótido fosfato), reduzindo-a e transformando-a em NADPH (molécula transportadora de eletrões e hidrogénios), molécula importante, tal como o ATP para a formação de compostos orgânicos.
 redução da molécula aceitadoras de Hidrogénio  NADP(ocorre no estroma)
 

Explicando melhor...



 

 Fase Química

Esta fase ocorre no estroma dos cloroplastos e é nela que se forma a glicose, pela reação inicial entre o dióxido de carbono atmosférico e a ribulose difosfato (RDP), um composto com cinco carbonos, que funciona para a incorporação do CO2.
Nesta fase ocorre uma série de reações que ocorrem por ação de enzimas que dependem da presença de luz e da temperatura. O dióxido de carbono desde que entra na planta sofre uma sequência de reações até à formação de matéria orgânica.

Em 1950 um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, liderado por Melvin Clavin, utilizando uma série de compostos marcados radioactivamente conseguiam estudar a sequência de reações, permitindo conhecer as moléculas intervenientes na formação de glicose, e o papel do ATP e NADPH na síntese de matéria orgânica. Esta sequência está expressa no Ciclo de Calvin, homenagem ao cientista.

O Ciclo de Calvin é constituído por 3 fases:
1ªFase - Fixação do carbono;
2ªFase - Produção de compostos orgânicos;
3ªFase - Regeneração do aceitador.


 Para se formar uma molécula de glicose é necessário que o ciclo ocorra 6 vezes gastando-se:

- 6 moléculas de CO2;

-18 moléculas de ATP;

-12 de NADPH.

 

O aldeído fosfoglicérido é utilizado não só para a formação da glicose mas também de outros compostos orgânicos : aminoácidos, glicerol e ácidos gordos.

                                                                      

                                                                            Quimiossíntese

Os seres quimioautotróficos, são os protagonistas deste processo. Sintetizam matéria orgânica a partir da oxidação de compostos inorgânicos.

Utilizam a energia proveniente da oxidação na formação de ATP, protões H+ e eletrões, para fixar o dióxido de carbono e sintetizar a matéria orgânica.

Os compostos são: amoníaco (NH3), dióxido de carbono (CO2) ou Sulfureto de Hidrogénio (H2S).


Distinguem-se 2 fases:

1ªFase - Dá-se oxidação dos compostos, formam-se eletrões e protões que são transportado numa cadeia para produzir ATP e NADPH, através da redução do NADP(+).

2ªFase - Produção de compostos orgânicos a partir do dióxido de carbono, do ATP e do poder redutor de NADPH.

terça-feira, 12 de março de 2013

Obtenção de energia


Ingestão, digestão e absorção:

Ingestão - é o processo que leva à introdução dos alimentos no ser vivo.

Digestão - conjunto de processos que levam à simplificação de macromoléculas em micromoléculas por reacções de hidrólise catalisadas pelas enzimas.
Absorção - é a passagem destes nutrientes simples através das membranas celulares, de forma a poderem ser utilizadas no metabolismo celular.
 
Digestão extracelular:
Sistema digestivo completo - Têm duas aberturas ( a boca e o ânus), permitindo assim uma maior eficácia nos processos digestivos.
Sistema digestivo imcompleto - Têm apenas uma abertura por onde entram os alimentos e é o mesmo local por onde sai o que não foi digerido.              

 
 

Sistema digestivo do Homem :
O sistema digestivo do Homem é completo e a digestão exclusivamente extracelular.
 
Tubo digestivo: boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.
 
Órgãos anexos: língua, dentes, glândulas salivares, fígado e pâncreas.